Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, foram editadas quase 5,9 milhões de normas. Em média, são editadas 774 normas por dia útil. Em matéria tributária, foram editadas 390.726 normas. No Brasil, existem 418 empresas estatais e, no Congresso, tramitam diversas proposições, entre projetos de leis ordinárias, complementares e emendas à Constituição.

Em algum momento, ou em vários, a atividade social e empresarial será influenciada, positiva ou negativamente, pela atuação do Estado. Nesta linha, a adoção de comportamento meramente responsivo, notadamente por meio de demandas judiciais, apenas agrava o problema, já que, no Brasil, um processo tramita no Judiciário, em média, por dois anos e seis meses apenas na primeira instância.

Para que uma empresa, ou ramo da economia, possa se antecipar a algum comportamento errático do Estado e seus agentes, é necessário adotar postura propositiva: antecipar-se à edição de regulações que possam influenciar negativamente.

Identificar, acompanhar e – o mais importante – participar ativamente dos debates, muitas vezes educando os legisladores sobre as especificidades dos temas legislativos, é indispensável ao sucesso de um empreendimento econômico no contexto brasileiro.

Para além de acompanhar à distância, o que se propõe é a efetiva participação nos processos de criação de leis e normas em geral, antecipando soluções, evitando pontos de tensão entre o Estado e as empresas ou, mesmo, propondo projetos que melhorem a infraestrutura aplicável a determinado setor.